Introdução:
Um estudo inovador lançou luz sobre os efeitos cardiovasculares do Minoxidil oral, um tratamento popular para queda de cabelo. Realizado por uma equipe de pesquisadores, o estudo investigou o impacto de uma dosagem mais alta de Minoxidil oral (7,5 mg/dia) na frequência cardíaca e pressão arterial em indivíduos com alopecia androgenética, uma forma comum de queda de cabelo.
O Minoxidil, conhecido por suas propriedades vasodilatadoras, tem sido amplamente utilizado para combater a queda de cabelo, mas preocupações sobre seus efeitos colaterais cardiovasculares, como taquicardia e hipotensão, persistem. A dose padrão para tratar hipertensão geralmente varia de 10 a 40 mg/dia, mas para queda de cabelo, as doses raramente ultrapassam 5 mg/dia.
O estudo, que acompanhou 11 homens adultos com alopecia androgenética, descobriu que, embora a dosagem aumentada de Minoxidil tenha resultado em um aumento leve na frequência cardíaca, não houve mudanças significativas na pressão arterial. Isso sugere que os efeitos cardiovasculares do Minoxidil oral podem depender da dose, com doses mais altas potencialmente causando efeitos mais pronunciados na frequência cardíaca.
Os resultados do estudo desafiam noções anteriores sobre a segurança cardiovascular do Minoxidil oral e sugerem que doses mais altas podem ser bem toleradas em indivíduos normotensos. No entanto, os pesquisadores alertam contra o uso de doses acima de 5 mg/dia como padrão para o tratamento da queda de cabelo, enfatizando a necessidade de monitoramento cuidadoso e aumentos graduais de dose em circunstâncias excepcionais.
Resultados Promissores:
O Dr. Hélio Amante Miot, co-autor do estudo, enfatizou a importância de abordagens de tratamento individualizadas, afirmando: “É essencial que os médicos considerem os potenciais riscos cardiovasculares associados ao minoxidil oral e adaptem os planos de tratamento de acordo. Nossas descobertas destacam a necessidade de mais pesquisas para entender melhor os efeitos de longo prazo do minoxidil na saúde cardiovascular”.
O estudo, publicado na Anais Brasileiros de Dermatologia adiciona-se ao crescente corpo de evidências sobre a segurança e eficácia do minoxidil oral para o tratamento da queda de cabelo. À medida que os pesquisadores continuam a explorar terapias inovadoras para a alopecia androgenética, entender os efeitos cardiovasculares dos tratamentos existentes permanece fundamental para garantir a segurança e o bem-estar dos pacientes.
Visões para o futuro:
Ao ser indagado Dr. Baltazar Dias Sanabria, autor principal do artigo diz estar muito satisfeito com os resultados da pesquisa e que ela pode ser um grande passo na modernização do tratamento medicamentoso para queda de cabelos. A pesquisa do Dr. Baltazar quebra muitos paradigmas e preocupações sobre a influência arterial do Minoxidil no tratamento de alopecia androgenética, confirmando as hipóteses da pouca interferência cardíaca do Minoxidil no tratamento capilar.
De acordo com Dr. Baltazar a perspectiva para o futuro é repetir os estudos com dosagens maiores que o usual dessa vez do Minoxidil sublingual que em teoria teria uma incidência de efeitos colaterais sistêmicos ainda menor o Minoxidil oral.
Baltazar também frisa as implicações que os resultados do estudo trás para paciente que pretendem ou que já fazem o uso do Minoxidil como tratamento, garantindo que a pouca interfêrencia na pressão arterial do medicamento facilitaria esses indivíduos a terem mais confiança no tratamento. Todavia, deve-se levar em considerações que o uso do medicamento acima de 5mg/dia não deve ser feito sem um rigoroso monitoramento.